quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O sexto sentido




Estes versos são dedicados à minha menina grande.


Se soubesses o quanto desejo que encontres o caminho que te faça regressar a casa...



Um dia regresso a Casa !



Vou largar esta amarra
Que me prende à raíz
Um dia regresso a casa
Voltarei a ser feliz.

Porque agora, sinto solidão
Dessa até mais não poder
Sequer ter, mais coração
Sequer de, o ouvir bater.

Sinto o pranto quase morto
E até a pouca alegria
Não se abriga em meu porto
Nem me quer por companhia.

Até meu sol se escondeu
Foi brilhar n'outro lugar
Sem meu sol, eu, não sou eu
Nem tem brilho o meu olhar.

Doi-me a alma, doi-me a dor
Que sinto nesta lonjura
Aos poucos, vai-se-me o amor
Sem ele, vai mal a ternura.

Vou seguindo,
quase sem eira nem beira
Talvez ouvindo
êcos perdidos num cais
sentindo
como uma estranha fogueira
dessas que, já não nos aquecem mais.

Ai, esta ânsia de prender
Sentimentos à razão
Acabo por nem perceber
As razões do coração.

Porque é que esta tristeza
Teima não me abandonar ??
Faz-me lembrar a incerteza
E essa, não quero encontrar !

Ah, mas…Um dia regresso a casa
Nos meus sonhos eu serei
A ave que livre passa
No céu que eu inventarei.

Sonharei colorido.
Sonharei contigo...
E vou pensar
No momento mais fugaz
Para melhor recordar
O que a distância nos faz.

Um dia regresso a casa!
Não vejo chegar a hora
Um dia regresso a casa,
Porque aqui minh’alma chora.

Contra males e grandes ventos
Hei-de encontar felicidade
Mesmo além dos sentimentos
Que sinto na realidade.

Porque me moi a saudade!
Porque aos poucos me devoro!
Um dia regresso a casa
Para vêr s’inda lá moro.


Um dia regresso a casa...

um dia regresso a casa..

um dia regresso a casa..

um dia regresso a casa….

Um dia regresso a casa…

um dia regresso a casa…..



2.09.2010










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